Fiscalização fecha bar clandestino com 400 pessoas na capital
A força-tarefa da Vigilância Sanitária da Secretaria de Estado da Saúde realizou uma fiscalização na noite da sexta-feira, 16. A equipe encontrou bares e restaurantes da capital promovendo aglomerações sem uso de máscaras e alguns deles são clandestinos.
“Ontem trabalhamos em cima de um cronograma criado a partir de denúncias do CIOSP. O objetivo foi identificar aglomerações e festas clandestinas, passamos em 10 estabelecimentos no total: 4 fechados, 1 foi notificado por estar descumprindo as medidas, porém, estava dentro do horário de funcionamento permitido que é até às 21h. Além desses, 5 estabelecimentos receberam auto de infração por passar do horário estabelecido pelo decreto estadual. Esse número de verificações não foi a metade do que precisava ser feito, a noite tá pequena devido à demanda”, afirma a Fiscal Sanitária estadual, Ana Paula Aciole Maciel.
Para Ricardo Silva Macena, que também é Fiscal Sanitário do estado, foram aproximadamente sete horas de trabalho intensas. “Trabalhamos das 20:30h até as 3h da manhã. Nós tínhamos todo um itinerário, não conseguimos fazer todos porque em alguns estabelecimentos houve resistência e a polícia teve que intervir. Diante dos contratempos fizemos 6”, destaca Ricardo.
A ocorrência mais preocupante, segundo os fiscais, foi um evento com cerca de 400 pessoas localizado na avenida Augusto Franco. “Ao chegarmos lá, verificamos se tratar de um bar clandestino, acabamos a festa e o dono foi levado para a 3ª Delegacia Metropolitana, no bairro Santos Dumont, para fazer o Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO)”, explica Ana Paula.
A fiscal considera preocupante o comportamento das pessoas, ela nota uma diferença no fluxo de circulação de pessoas na noite sergipana e acredita que isso pode ter relação com fatores com ampliação do número de pessoas vacinadas e pequena redução dos números de casos e mortes.
“O cenário está mudando, a gente nota que de um final de semana para o outro, os bares encheram muito, estão superlotados. Na noite de ontem vimos grande lotação em todos os bares que passamos. Como estamos reduzindo o número de casos graves da Covid-19, as pessoas estão perdendo um pouco de medo. A faixa-etária que está tomando vacina parece que está ganhando um pouco mais de segurança e acabam indo para a rua. E que isso pode acarretar um problema maior, uma próxima onda. A Vigilância Sanitária e a Secretaria de Estado da Saúde estão trabalhando agora para que essa realidade não aconteça”, expressa com preocupação Ana Paula.
As principais medidas que os estabelecimentos precisam cumprir para não serem penalizados são: evitar aglomeração, exigir que os clientes coloquem a máscara quando estiverem em pé ou circulando, manter distância entre uma mesa e outra e garantir a ocupação de, no máximo, 6 pessoas por mesa. “O intuito da vigilância sanitária é acabar com as aglomerações e, principalmente, as festas clandestinas que estão sendo constantes. São muitas denúncias e todas com fundamento, esse tipo de evento precisa acabar, o risco é muito maior porque colocam muitas pessoas em ambientes fechados, sem nenhuma preocupação com as medidas sanitárias”, conclui a fiscal de vigilância, Ana Paula.
Os bares e restaurantes que receberam auto de infração terão o prazo de dez dias para apresentar defesa junto à Vigilância Sanitária, localizada na sede da Secretaria de Estado de Saúde. A vigilância segue o cronograma de fiscalizações durante o fim de semana. É importante relembrar que o decreto vigente prevê que às sextas e sábados, os estabelecimentos comerciais podem funcionar até as 21h e o toque de recolher deve acontecer às 22h.
Fonte: Ascom/SES, Infonet