Historico da Ferroviaria |
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A esta��o de Boquim (ou Buquim) foi inaugurada em 1913 |
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Foto: Deris Araujo HISTORICO DA LINHA: Inicialmente chamado de ramal de Timb�, a linha que ligaria a esta��o de S�o Francisco, em Alagoinhas, a Sergipe foi aberta em 1887 at� a localidade de Timb�, atual Esplanada. Dali para a frente foi sendo prolongada aos poucos a partir de 1908, atingindo Aracaju em 1913, Cedron em 1915 e Propri� somente em 1956, �s margens do rio S�o Francisco. Para se ligar com a linha vinda do Recife naquele ponto, ent�o, somente nos anos 1970, quando a ponte sobre o rio foi constru�da permitindo a interliga��o ferrovi�ria direta com o Nordeste.
A ESTA��O: A esta��o de Boquim (ou Buquim) foi inaugurada em 1913, na continua��o da ent�o linha do Timb�, que desde 1887 n�o era prolongada. A cidade j� existia como munic�pio desde 1870. O nome � uma abravia��o do nome original, Boquinha da Mata. "Domingo, oito da manh�. A cidade prepara-se para seu encontro habitual. Roupa engomada, sapatos lustrados, perfume, brilhantina glostora para os homens e laqu� nos cabelos femininos. Sempre no capricho. Ah, os len�os n�o podiam faltar. Tudo pronto para o momento mais esperado da semana. De todas as ruas saiam enfatiotados em dire��o � esta��o. �s nove, em ponto, ouvia-se o apito, pouco depois a fuma�a. Era o Expresso Estrela do Norte que chegava na esta��o de Boquim. Os daqui se dirigiam para a beira da plataforma e os do trem se acotovelavam nas janelas. Estava preparado o cen�rio para momentos de fortes emo��es. Os len�os acenando anunciavam encontros, desencontros, a alegria da chegada, a saudade da partida. Nos meus ouvidos ainda ecoam aqueles sons agitados: - Olha a laranja de Boquim! - Queijada de Dona Alexandrina. Olha a queijada! - Olha a saladinha. - Pirulito de Dona Hon�ria. Olha o pirulito! Cumprimentos daqui e dali, abra�os, daqueles de estalo, apertos de m�o, beijos, conversas animadas. Tudo isso embalado pelos chiiiiiiiiiiiiiiiis da descompress�o da Maria Fuma�a, o tilintar do sino, os apitos agudos do fiscal e as respostas roucas da m�quina. �ltimo apito. O Estrela do Norte precisa continuar sua viagem. Novamente o ballet dos len�os, desta vez, molhados de saudade. Olhos crecidos pelas l�grimas e cora��es apertados nos que ficavam e nos que partiam. O gigante desaparecia por entre a fuma�a. Na esta��o a festa para os que chegaram. Aquele ato multisentimental estava chegando ao fim. S� restava protagonizar a �ltima cena que era carregar as malas e voltar para casa com a certeza que no pr�ximo domingo aquele palco encenaria a mesma pe�a embora, com personagens diferentes. Se voc� viveu momentos assim, pegue o seu len�o e umede�a-o com as suas lembran�as. Recordar tamb�m � viver! Desculpem, n�o tive tempo de pegar o meu len�o" (Len�os de Saudade, Ant�nio Jos� Franca).
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Not�cia Postada em 12/03/2009 �s 11:06:50
por: DERIS ARAUJO |
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